Novos hábitos de consumo durante a pandemia
publicado por Terra Empresas
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14 de abril de 2022
É inegável que a pandemia do novo coronavírus impactou os negócios em todo o mundo. De um lado as empresas precisaram criar novas formas de atender o consumidor, que devido ao isolamento social e do fechamento do comércio, passaram por mudanças rápidas e profundas na forma de negociar. De outro lado aos hábitos de consumo também mudaram. E essas mudanças podem ter vindo para ficar.
Neste momento, acompanhar e se antecipar às tendências é um bom caminho para obter melhores resultados a médio e longo prazo. O setor de alimentação, por exemplo, é um dos que sofreram maior impacto. E o comer fora de casa está entre os setores que vão precisar de uma readequação.
Uma pesquisa realizada em junho pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra que, por exemplo, 46% dos consumidores têm a intenção de reduzir a frequência aos bares e restaurantes após a retomada plena das atividades. Mas por outro lado, 28% disseram que pretendem usar os serviços de entrega com maior frequência. Nesse caso, incluindo os setores de bares e restaurantes.
A mesma pesquisa mostra que 45% pretendem frequentar menos os shoppings centers, mas 30% disseram que devem comprar mais pela Internet.
Negócios x consumidores
Como se percebe, entre a intenção de mudança dos antigos hábitos e os novos criados a partir da pandemia, há uma diferença, que talvez demore a ser equilibrada. Um fator que deve ser levado em conta não é só o desejo de mudança, mas a necessidade dela.
Com o mercado de trabalho mais enxuto, muitas famílias perderam renda e se verão forçadas a mudar os hábitos de consumo. Outras, menos impactadas financeiramente, podem fazer isso de maneira consciente, já que há uma tendência que ganha força que é a de se consumir apenas o necessário.
Por um bom tempo, os deslocamentos pela cidade continuarão restritos. Até que a população seja imunizada por uma vacina, quem pode, vai continuar em casa. E mesmo depois de uma campanha de vacinação, é possível que os deslocamentos sejam menos intensos do que no período pré-pandemia.
Uma das coisas que quem ficou em casa percebeu é o tempo que se perdia nesses deslocamentos. Seja no transporte público ou dentro de um carro. Em média, o tempo diário variava entre duas e três horas, nas principais capitais do país.
Novos hábitos de consumo
Entre os novos hábitos de consumo durante a pandemia do novo coronavírus que se aceleraram, três são os mais visíveis: o aumento das compras online, em geral, a compra de comida pelos serviços de delivery, e as compras de supermercado por aplicativo.
Novos hábitos de consumo dentro dos lares também devem ser levados em conta, já que podem impactar em diversos negócios e serviços. Com mais tempo em casa, os brasileiros passaram a cozinhar mais, e isso também deve permanecer no período pós pandemia.
Muita gente anda repensando antigos hábitos, principalmente no que diz respeito à melhoria da própria saúde. Na correria do dia a dia, muitas vezes ela acabava negligenciada. O ganho de tempo fez com que as pessoas passassem a olhar mais para si. Isso engloba os cuidados com a alimentação, a diminuição do estresse, com mais tempo dedicado a si mesmo, e também uma conscientização maior da necessidade de se fazer exercícios físicos, mesmo que em casa.
Com os escritórios fechados, muita gente também se viu obrigada a trabalhar em casa, mesmo sem ter um local adequado para isso. As pessoas passaram a investir no seu cantinho para melhorar o rendimento, com a compra ou a adequação de móveis para um trabalho mais confortável, além do investimento em produtos de informática que possibilitem um melhor desempenho.
Tendências
Para quem tem um negócio que oferece produtos ou serviços, é importante acompanhar essas tendências de perto. Muita gente tem investido em pequenos reparos domésticos ou mesmo em reformas para se adequar ao maior tempo em casa. Até o mercado imobiliário teve uma movimentação positiva na venda de espaços maiores. Mais espaçosas, as casas ganharam destaque em relação aos apartamentos, por exemplo.
Se os hábitos de consumo nem sempre são fáceis de mudar, também não pode se considerar que eles sejam definitivos. Por isso, acompanhar as tendências é sempre importante para que o seu negócio esteja bem posicionado para acompanhar essa movimentação. Quem chega primeiro, sempre tem a possibilidade de alcançar melhores resultados.