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Entenda os impactos da alta do dólar para micro e pequenas empresas

publicado por Terra Empresas

Minutos de Leitura 8min leitura

30 de junho de 2022

Entenda os impactos da alta do dólar para micro e pequenas empresas

A alta do dólar pode comprometer as operações de qualquer empresa. Por ser usada na maioria das operações de câmbio, a moeda é referência para o mercado nacional e internacional.

Ou seja, é a base para as transações de compra e venda das empresas, e sua alta pode provocar instabilidade econômica. 

No entanto, quem mais sofre são as empresas micro e de pequeno porte que dependem da cotação para a movimentação do negócio. 

Neste artigo, você terá uma análise do cenário em caso de elevação da moeda norte-americana. Então, aqui, você confere:

  • Quais as consequências do aumento do dólar no Brasil?
  • Entenda como a alta do dólar afeta micro ou pequenas empresas
  • Como reduzir os impactos?
Pessoa segurando notas enquanto faz contas. Representa a alta do dólar

Como a alta do dólar afeta micro ou pequenas empresas?

Diariamente, os noticiários trazem informações sobre a economia, o que inclui as oscilações do dólar. Na Bolsa de Valores, as ações são disputadas pelos investidores, como:

  • Google;
  • Magazine Luiza;
  • Amazon;
  • Tesla;
  • Facebook.

A compra e venda desses ativos está condicionada à baixa ou alta do dólar, determinando o ritmo da economia.

Esse também é um comportamento de microempresários que atuam no mercado brasileiro, mas que dependem da moeda americana para o funcionamento do negócio. 

Muitas empresas são impactadas pela crescente do dólar, principalmente os pequenos negócios. Até porque, a elevação tende a causar instabilidade financeira, caso o empreendedor não esteja atento.

A seguir, veja algumas consequências da alta do dólar para pequenos negócios:

1. Preço dos produtos

Na alta do dólar, o principal impacto ocorre na precificação dos produtos importados ou de matéria-prima estrangeira. Quando a moeda americana está mais valorizada, o fornecedor precisa repassar o aumento a seus clientes. 

Seja para revenda ou produção, o fato é que, com esse repasse, o empreendedor terá também que alterar seu preço de venda

O problema é que, muitas vezes, o empresário nem sabe que os produtos ou insumos são importados. 

Um bom exemplo é o da farinha de trigo, matéria-prima para a produção de pães, bolos e tortas. Embora a produção seja interna, boa parte do trigo utilizado no Brasil é importado, com preços praticados na moeda estrangeira. 

Ou seja, dependendo do preço atual do produto vendido na loja, o empreendedor terá dificuldades de alterar o valor. Com isso, ele terá prejuízos ao absorver os custos até que possa precificar novamente.

2. Empréstimos

Os empréstimos são comuns para a compra de produtos, insumos ou matéria-prima para impulsionar o negócio. 

Se a negociação for efetivada com base na moeda americana, com a alta do dólar, a dívida será maior para pagamentos em real. 

É importante que, na hora de contrair um empréstimo, todas as cláusulas e condições sejam esclarecidas. 

Até porque, uma vez assinado o contrato e assumido o compromisso, a cotação será usada, não importa se alta ou baixa. Por isso, fique atento!

3. Investimentos

Aliás, os investimentos também são impactados. Até porque, o dólar é a moeda de referência e todas as suas variações são repassadas a ativos como ações, por exemplo.

É preciso se preparar para o efeito montanha-russa da Bolsa de Valores. Para isso, deve ser feito  planejamento prévio e controle financeiro para atravessar esses momentos sem afetar o caixa da empresa.

Várias notas empilhadas, com uma seta para cima. Representa a alta do dólar

Como reduzir os impactos?

De modo geral, quando a alta do dólar acontece, todas as empresas são de alguma forma afetadas. Umas mais, outras menos, conforme o tipo de negócio e a utilização do dólar nas transações comerciais. 

É essencial se prevenir para que a alteração não gere adversidades além do previsto. Portanto, sugerimos algumas ações para a redução de possíveis impactos. Então, confira:

1. Mantenha-se atualizado

Ao acompanhar as notícias, você terá informações atualizadas diariamente sobre as oscilações do dólar e poderá se preparar com mais segurança. 

Ou seja, analise:

  • Cenário;
  • Mercado;
  • Tendências.

E se antecipe na criação das estratégias de vendas. 

2. Crie uma margem de precificação dos produtos

Se o seu produto é importado, ao definir o preço, deixe uma margem de segurança. Essa “gordura” é fundamental para que você possa repassar o custo sem que os clientes sintam a alta. O mesmo vale para itens produzidos a partir de uma matéria-prima estrangeira.

Portanto, dê preferência a propostas e orçamentos com validade curta para não absorver o prejuízo. 

Além disso, seja transparente e explique que há possibilidade de reajuste do valor em função da cotação. Isso pode, inclusive, estimular o cliente a fechar a compra mais rápido.

3. Estude trocar os fornecedores

Aliás, avalie a possibilidade de trocar a matéria-prima internacional por uma nacional. Além de baratear o seu produto, evitará transtornos com a alta do dólar. 

No entanto, cuidado para não perder em qualidade, o que será percebido pelo seu cliente.

Duas pessoas segurando algumas notas. Representa a alta do dólar

Quais as consequências do aumento do dólar no Brasil?

O maior impacto é a perda significativa do poder de compra. Com um valor mais elevado, os clientes recuam nas compras, o que não é bom para as microempresas. 

A valorização do dólar pode também elevar o quadro inflacionário do Brasil, já que somos um país com grande volume de importação. 

Se a alta do dólar torna a importação mais onerosa, a economia interna sofre com o aumento dos preços de produtos como, por exemplo:

  • Gasolina;
  • Farinha;
  • Carnes.

Como vimos, a alta do dólar afeta o mercado e as operações das empresas. Se você tem um negócio que depende da moeda americana, considere as dicas deste artigo. 

Em resumo, para sofrer o menor impacto possível em toda a sua jornada no mercado:

  1. Esteja atento às oscilações do dia a dia;
  2. Acompanhe as informações por fontes confiáveis;
  3. Reestruture seu planejamento financeiro — da precificação à reserva.

Então, até breve!

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